segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MEDIUNIDADE

A MEDIUNIDADE DE SANTA BRÍGIDA

A Revista Espírita, REFORMADOR, Março de 2006, p.23-25, através do colunista Severino Barbosa, trouxe uma matéria com grandes esclarecimentos contidos no livro Mediunidade dos Santos, do escritor espírita Clóvis Tavares, a respeito da Mediunidade de Santa Brígida, que esteve reencarnada em nosso Planeta no período de 1302 a 1373, que vale apenas adapta-la e reproduzi-la.
A excepcional Santa católica, além de dotada de diversas faculdades mediúnicas, tais como vidência, clarividência, xenoglossia, psicofonia e outras.
Através da faculdade de psicografia de Santa Brígida, os Espíritos escreviam livros e cartas dirigidas não apenas aos bispos, cardeais, e papas da Igreja Católica, mas também aos reis e tantas outras autoridades civis e militares da sua época.
Segundo o autor do livro Mediunidade dos Santos, no auge da chamada Guerra dos Cem anos, entre a França e a Inglaterra, a médium recebeu uma mensagem com expressões severas, de um Espírito que, segundo ela, era o próprio Cristo, dirigida ao Papa Clemente VI, bem como, outras mensagens aos reis daquelas duas nações européias, aconselhando-os a pôr um ponto final no grande conflito entre elas.
Todavia, como se tratava de conselhos em forma de mensagens vindas do outro mundo, através do processo mediúnico, nem o Papa nem os reis, radicalmente preconceituosos, atenderam aos apelos da Espiritualidade Superior, embora a médium tenha sido venerada (depois canonizada) Santa Brígida de Vadestena.
De acordo com Clóvis Tavares, Santa Brígida, psicografou vários livros, dentre eles foram destacados: Sermo Angelicus e O Manuscrito do Purgatório (este último publicado pelas Edições Paulinas e tem o parecer do seu tradutor, Monsenhor Ascânio Brandão, que, entre outras coisas, afirma: (...) aparição é manifestação do outro mundo, de alguém que nos vem dizer o que lá se passa).
Os biógrafos de Santa Brígida afirmam que, no seu processo de canonização, ela foi chamada, em italiano, de corriere al servizio di un grande signore; traduzindo para o português: “correio a serviço de um grande senhor”. Isto significa dizer, portanto, que a própria Igreja de Roma reconheceu como verdadeiras as faculdades mediúnicas de Santa Brígida.
Está muito claro que, a mediunidade propriamente dita, que é a faculdade de qualquer ser humano se comunicar com os habitantes do mundo invisível, não foi descoberta do Espiritismo, nem privilegia os espíritas com a graça de receberem (apenas e ninguém mais) os Espíritos.
Sendo assim, Allan Kardec afirmou no Livro dos Médiuns, que a mediunidade é inerente à criatura humana, tanto quanto a inteligência. E desse modo, todos somos médiuns: católicos, protestantes, umbandistas, judeus, muçulmanos, hindus, fariseus, espíritas, materialistas, ateus, crianças, adultos, melhor idade, mulheres e homens.
Santa Brígida era uma médium tão respeitada no seio da Igreja Católica do seu tempo, que os fiéis a procuravam para, por meio da mediunidade, obter informações sobre parentes desencarnados. Ela correspondia e, além disso, dava instruções do como os parentes deveriam proceder, através de orações, para o alívio dos sofrimentos das criaturas do outro mundo.
Concluo, referindo-me a João, autor dos quartos Evangelhos e o médium do Apocalipse, que era dotado de várias faculdades mediúnicas. Além de sair do corpo para realizar viagens espirituais, ele era vidente, audiente, clarividente, psicógrafo, etc. Após receber, pela mediunidade, na Ilha de Pátmos, a grande mensagem chamada Apocalipse, disse: Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. (Apocalipse, 22:8.)
João, novamente Afirmou: Achei-me em Espírito, no dia do senhor, e ouvi por detrás de mim grande voz, como de trombeta, dizendo: “O que vês, escreve em livro e mando-o às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laudecéia.” (Apocalipse, 1:9-11), além de muitas outras passagens mediúnicas existentes na Bíblia.

Osvaldo de Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário