Ex-presidente da FEPB retorna à pátria espiritual
O ex-presidente da Federação Espírita Paraibana, Laurindo Cavalcante de Araújo, voltou à pátria espiritual, neste sábado (02/04), aos 92 anos, Ele nasceu no Engenho Urucu (Alagoa Nova) dia 02 de outubro de 1918. Economista e contador foi funcionário do Ministério da Fazenda e professor de Economia, na Universidade Federal da Paraíba.
Laurindo Cavalcante dirigiu a Federação Espírita Paraibana durante doze anos (1973 a 1985), como presidente, após ser vice por vinte e um anos. Espírita convicto, atuante e defensor inveterado da causa, optou pela Doutrina desde os tempos da juventude, sendo inclusive presidente da Mocidade Espírita Paraibana. Durante sua gestão, Laurindo Cavalcante, também presidente da instituição Lar da Criança, impulsionou o crescimento e divulgação do Movimento Espírita paraibano.
O atual presidente da Federação Espírita Paraibana, José Raimundo de Lima, destacou a importância da gestão de Laurindo e a sua contribuição, como presidente, como vice, e como espírita no Movimento Paraibano. “Laurindo nos deixou exemplos de dignidade e lealdade, tanto a mim, pessoalmente, como ao Movimento Espírita Brasileiro. Demonstrou desprendimento pessoal e sempre colaborou com as iniciativas em qualquer lugar da Paraíba, com vistas à divulgação do Espiritismo, detalhou Raimundo”.
O debate com Padre Quevedo – Um fato marcante: na noite de 19 de abril de 1968,no Teatro Santa Roza, Laurindo debateu com Padre Quevedo (o detrator do Espiritismo, que rebate o intercâmbio espiritual). Na ocasião, diante do auditório lotado Laurindo usou da palavra, para rechaçar ponto por ponto os argumentos, sendo aplaudido pelos presentes, pelo esforço intelectual,confirmando ainda, de forma indiscutível, elementos e princípios da Doutrinados Espíritos, sem ofensas e ataques à religião alheia ou às pessoas. O debate terminou num clima de paz com os debatedores apertando-se as mãos num acordo de paz.
Laurindo Cavalcante, grande amigo, leal e convicto das suas escolhas espirituais foi um mensageiro da paz, a deixar um exemplo de ética exemplar durante toda sua existência. Nunca vacilou. Certamente foi recebido por sua esposa Déa, que desencarnou na década de 80. Teve um único filho, Fernando Antônio, dotado de uma incomum inteligência, mas desapareceu em busca de outras escolhas, levado pelo seu livre arbítrio. Quando lembro do Laurindo, o associo ao mais alto conceito moral e que certamente esteve a cumprir com determinação e presteza seus maiores propósitos enquanto encarnado.
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